Os indicadores ambientais que podem ser visualizados através da plataforma do SIGBio-RS fazem parte do Sistema de Monitoramento da Biodiversidade do Rio Grande do Sul instituído pelo Decreto Estadual n° 52.096, de 27 de novembro de 2014, e desenvolvido através do Programa RSBiomonitora.

    Sistema de Monitoramento da Biodiversidade do RS

    O monitoramento da biodiversidade é um dos instrumentos fundamentais para que se possa avaliar a efetividade das políticas relativas à gestão de meio ambiente e, também, estabelecer o seu planejamento estratégico. O Sistema de Monitoramento da Biodiversidade do Rio Grande do Sul vem preencher esta lacuna de conhecimento, como um instrumento oficial para avaliação periódica do estado de conservação da biodiversidade no Estado, mediante um sistema articulado e permanente de produção de informações.

    O monitoramento ambiental também é um dos instrumentos da Política Estadual do Meio Ambiente, previsto na Lei nº 11.520/2000, que instituiu o Código Estadual do Meio Ambiente do Estado do Rio Grande do Sul. Ademais, o monitoramento da biodiversidade no Estado tem conexão com iniciativas globais, contribuindo localmente com o esforço internacional de conservação da biodiversidade, buscando aderência aos indicadores globais de monitoramento estabelecidos pela Convenção sobre Diversidade Biológica – CDB, na iniciativa “Biodiversity Indicators Partnership – BIP”. Neste sentido, os indicadores aqui apresentados são relevantes para que se alcance o que está previsto em lei, além de servirem como fonte de informação à comunidade.

    Indicadores ambientais

    Para realizar o monitoramento é necessário estabelecer um conjunto de indicadores que sejam pertinentes, precisos, mensuráveis e que tenham viabilidade técnica e econômica. Atualmente compõem o Sistema um total de 16 indicadores ambientais, estruturados de acordo com o modelo Pressão-Estado-Resposta – PSR desenvolvido pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Economico – OECD.

    Estado:

    1. Extensão de remanescentes de áreas naturais
    2. Extensão de remanescentes de florestas, campos, banhados e outros
      ecossistemas
    3. Abundância de espécies indicadoras
    4. Índice de espécies ameaçadas

    Pressão:

    1. Extensão de áreas residenciais, comerciais e industriais
    2. Extensão da agricultura, silvicultura e pastagens exóticas
    3. Extensão e número de empreendimentos de mineração
    4. Extensão e número de empreendimentos de energia eólica,
      termoelétrica e biomassa
    5. Extensão alagada e número de barramentos para energia, irrigação e
      açudes
    6. Densidade da malha viária

    Resposta:

    1. Extensão e número de Unidades de Conservação de Proteção Integral e
      Uso Sustentável
    2. Extensão de florestas, campos e banhados em Unidades de Conservação
      de Proteção Integral e Uso Sustentável
    3. Extensão e número de Terras Indígenas e Comunidades Tradicionais
    4. Extensão legal/efetiva de Áreas de Preservação Permanente (APP)
    5. Extensão efetiva de Reserva Legal
    6. Recursos de compensação ambiental efetivamente aplicados em UC

    Dentre estes indicadores destacam-se aqueles que permitem a análise da evolução dos ecossistemas em relação ao uso e ocupação do solo, com base em imagens de satélite e ferramentas de geoprocessamento. O conhecimento preciso da quantidade e da distribuição espacial dos remanescentes de áreas naturais (campos, florestas, banhados, etc. – Indicadores 1 e 2), bem como, de intervenção antrópica na paisagem (agricultura, silvicultura, mineração, etc. – Indicador 5 e 6), permite uma síntese abrangente sobre a biodiversidade, com uma adequada relação custo-benefício.


    Estão disponíveis para visualização no SIGBio-RS os indicadores que já foram produzidos e serão avaliados no Primeiro Relatório do Sistema de Monitoramento da Biodiversidade, ainda em produção.

    Para mais detalhes sobre o Sistema, acesse o Caderno de Resultados III – Sistema de Monitoramento da Biodiversidade.